sábado, fevereiro 11, 2006

Maria Alisa-me despedida

Fonte próxima do Ministério dos Estrangeiros já confirmou. É oficial o despedimento da super-estrela-aia-fibro-miálgica, Dr.ª Maria Alisa-me, por evidente quebra de vínculo laboral.

Ao que parece, não obstante a crónica enfermidade da Sr.ª Dr.ª, a referida Aia Cultural em Londres produzia tanto que estava a deixar pelos cabelos toda a corja de inúteis e ineptos que representam o nosso portugalito por esse mundo fora.

Segundo Sebento Andrajoso apurou horizontalmente junto da própria Sr.ª Dr.ª, “o Ministro Fritos do Amaral despediu-me porque a minha produtividade em Londres estava a embaraçar os níveis dos atingidos pela maioria dos gestores públicos com ordenados muito superiores ao meu. Apenas porque me levantei num dia para ir ao Museu de Londres e à Biblioteca fazer investigação para um trabalho de uma cadeira do 2.º ano da Licenciatura que deixei a menos de meio há mais de 20 anos, despediram-me, porque estando no Estado, estava a produzir mais do que o Paulo Mota da DGCI, ou o Vítor Inconstante do Banco de Portugal, ou o Fernando Gomes da CALPE, etc., etc., etc.. Ainda tentei argumentar que apenas estava a tentar concluir a Licenciatura (pese embora me faltassem mais três anos), para ter a habilitação mínima exigida para o cargo, mas responderam-me logo que, uma vez estando da Administração Pública, para mais tendo boas cunhas como eu tenho, que isso era perfeitamente desnecessário e um desperdício de verbas. Para além disso era mais uma a maçar os já de si muito ocupados professores universitários portugueses que não têm mãos a medir entre aulas numa dúzia de faculdades (não podem abrandar o ritmo, porque senão ainda se arriscam a que todos os que estão no desemprego possam ser contratados), fundações, institutos de “investigação”, editoras, revistas, colóquios, lençóis e alunas”… queixou-se a ex-funcionária-pública que, agora recebidos os escassos 55 mil euros de indeminização terá agora de se inscrever num Centro de Desemprego e receber o subsídio como todos os outros.

Veja lá a lata dos tipos, que até me disseram que já não podia concorrer ao programa de estágios da administração pública, embora talvez me arranjassem um curso de FORDESQ, os tais para licenciados desempregados. Mas como, se eu não tenho nem nunca tive licenciatura? Estão-me a lixar a vida…