Berlengas de Quarentena

Após a descoberta em Peniche de apenas 17 gaivotas, presumivelmente, mortas as autoridades resolveram não arriscar e colocaram restrições à circulação de aves entre o arquipélago das Berlengas e o continente.
Serão deste modo proibidas todas e quaisquer deslocações das aves, as quais deverão permanecer no conforto dos seus ninhos, fazendo o que melhor lhes aprouver. As viagens ilegais, sem o novo passaporte electrónico já em distribuição entre as gaivotas, prática que se deverá estender a toda a população portuguesa a partir de 2498 (por ocasião do milénio sobre a chega de Vasco da Gama à Índia), serão monitorizadas pelo submarino Barracuda estacionado há vários anos junto ao forte de São Julião, desde que o mesmo ameaçou com greve por lhe terem uma vez mais adiado a idade da reforma.
O próprio Barracuda confessou a Sebento Andrajoso que ”ou estes cabrões me deixam reformar de uma vez por todas, ou eu juro pelo que há de mais sagrado que hei-de meter tanta água que afundo o governo do Sófocles, o do Sacana Lopes e todos os outros. Nem que tirem o alcatrão a todas as estradas e auto-estradas e ainda mais todo o outro que deviam ter metido nas estradas mas que nunca chegou a vir e o dinheiro foi parar aos bolsos de alguém, hão-de conseguir estancar as fugas.”