sexta-feira, maio 20, 2005

UNESCO classifica Igreja de São Mateus Património Mundial

Finalmente uma boa notícia para as gentes de Santarém. A Unesco (União Necróloga dos Edifícios Sem Cobertura) atribuiu à Igreja de São Mateus o título (a título póstumo) de Património da Humanindade.
Nem tudo pode ser mau: depois de quase dois mandatos cumpridos na Câmara Municipal pela besta que os nossos antepassados domesticaram para fazer girar as noras das hortas, referimo-nos concretamente ao Tintolito Noras, ao qual sucedeu Barrinha de Pescada já classificado como o maior fazedor de buracos da gestão autárquica planetária (e não nos referimos apenas àqueles que se têm sucedido a um ritmo alucinante pela cidade), Santarém exulta agora ante a perspectica de um romântico revivalista romancista tomar as rédeas da mui amada scalabis, referimo-nos concretamente ao ex-Pijota, Monte Florido.
Ciente do profundo cizentismo que abalou os santarenos, a Unesco decidiu dar uma ajuda classificando a Igreja de São Mateus (genial e sabiamente mantida ao longo dos séculos na sua traça original) como património da Humanidade. Sustentam os eruditos deste organismo da ONU (Organização dos Asnos Unidos) que a sua ímpar actividades de armazenamento de alfafa e palha sagrada, para distribuir pelas vacas e bestas sagradas scalabitanas, constitui uma característica única no mundo e, portanto, interiramente merecedora da distinção agora atribuída.
Aqui não há hóstias nem água benta mas apenas palha para alimentar as mais ilustres bestas quadrúpedes da urbe. Mercê desta singularidade, Santarém adquiriu, finalmente, a tão desejada classificação de um monumento como Património da Humanidade.
"Bem (h)ajam a todos os políticos e regedores que ao longo dos séculos tiveram tão genial ideia (o armazenamento e consagração da palha) assim como a conservação do templo sem quaisquer alterações de traça!", declarou o nosso consultor em assuntos religiosos, o padre Tangerina, ouvido em rigoroso exclusivo, durante a celebração da missa, pelo nosso repórter Sebento Andrajoso, o qual procurava entrementes obter um rendimentos extra, enchendo os bolsos com as moedas colocadas pelos fiéis nos cestos que habitalmente passam duarante as celebrações.