segunda-feira, maio 16, 2005

Ambientalistas contestam obras do IC3 e da EN para Tomar

Os ambientalistas da Quecas ameaçam com greves e bloqueios ao tráfego se as suas reivindicações não forem rapidamente atendidas. Em marcha lenta realizada na passada sexta-feira, estes nossos prezados concidadãos mais verdes exigem a suspensão imediata do troço da estrada nacional que liga a saída do defunto IP6 à nabantina cidade de Tomar, e o abandono do projecto de conclusão do IC3, pois garantem que tais obras estão a interferir com a fauna local.

Os activistas da Quecas, apoiados pelos seus correligionários da Green Shit, afiançam que os inúmeros especimens de duas pernas que por ali se viam em grande número, local aliás, segundo exaustivas investigações de especialistas versados na matéria, privilegiado para a nidificação da espécie, desapareceram em escassas semanas.

Estamos perante um dos maiores atentados ecológicos de que há memória. Nem as imagens que os americanos fabricaram em Itália aquando da I.ª Guerra do Golfo para legitimarem a sua acção e onde se viam poços de petróleo a arder e aves cobertas de crude lutando dramaticamente pela sobrevivência, atingiram níveis sequer idênticos aos verificados nesta barbárie. É uma vergonha. Para mais, estes fulanos destruíram por completo o habitat, a tal ponto que, presentemente, nem tão pouco é possível encontrar qualquer vestígio da presença em tempos desta espécie de duas pernas nesta zona. São uns criminosos!”, concluiu o activista da Quecas, por entre duas baforadas de charuto cubano.

O nosso repórter, Sebento Andrajoso, habitual observador desta espécie, pôde constatar que de facto, não só desapareceram por completo todos os exemplares da espécies, como também os seus guardadores, e quaisquer vestígios, desde sacos, tanguinhas, etc., factos que provocaram a ira de populares mas, também de muitos camionistas e outros profissionais do volante.
Vários são os técnicos que apontaram no sentido da existência de uma correlação positiva muito forte (perfeita) entre estas obras e o desaparecimento da espécie, em virtude do equilibrio sistémico do habitat ter sido irremediavelmente quebrado mas, também também porque, em muitos casos, foram destruídos os locais de nidificação, impedindo deste modo a reprodução e renovação dos exemplares de um tipo de fauna apenas existente noutras paragens que não estas. O impacto na economia local já se faz sentir, afirmam os comerciantes, uma vez que com a migração da espécie desapareceram também inúmeros consumidores deste tipo de turismo, os quais representavam cerca de 90% de todas as receitas dos estabelecimentos do concelho de Vila Nova da Barquinha.
"Esta situação é uma catástrofe e, o governo deveria intervir de imediato, declarando o estado de calamidade pública e desbloqueando verbas para enfrentarmos esta importante perda de receitas, da qual dependem inúmeras famílias do concelho", explicou a Sabento Andrajoso, o Presidente da Assembleia Municipal, Rui Pistaccio, em representação do Presidente Bombeiro, o qual se encontrava a atear mais um fogo político.