sábado, maio 14, 2005

Fatiados de Lá compra Convento de Cristo

A notícia caíu na nossa redacção que nem uma bomba. Farto de gastar dinheiro na conservação e restauro do Convento de Cristo em Tomar, o Estado português, através do IPPAR, resolveu colocar em hasta pública o monumento, visando matar dois coelhos de uma só cajadada. Reduzir o défice, porque deixa de gastar fortunas com a conservação desta preciosa ruína e, porque depois sempre realiza algumas mais valias livres de impostos.
Das centenas de propostas recebidas, a mais alta pertencia ao grupo de teatro Fatiados de Lá, a qual cobria integralmente a dívida pública (superando em mais de 10 vezes a segunda licitação mais elevada). A transacção num valor de aproximadamente 75 mil milhões de euros será amortizada em 24 meses, segundo garantiu a Sebento Andrajoso Jorge Custódia de Belém o director da ruína que foi aliás, convidado a prolongar o seu vínculo contratual.
A informação foi igualmente confirmada por Carlos Cavaleiro, o irresponsável máximo pela companhia, remetendo todavia para a directora Tamara Teixeira posteriores esclarecimentos.
Entrevistada por Sebento Andrajoso TT declarou-se extasiada com a aquisição da ruína, revelando que a mesma será financiada pelo recurso a medidas extraodinárias de contenção de despesas, as quais libertarão os fundos necessários para o financiamento das prestações. "Já dei indicações aos colaboradoras da ASNOFAC (assim nõ se fazem as coisas), para cortarem 10% na ração do vinho dos beneditinos, franciscanos e dominicanos. Já pedimos inclusive ao nosso padre Tangerina para meter uma cunha lá em cima, para que JC faça uns milagrezitos, o da multiplicação das pipas de vinho, o da transformação da água da torneira do Convento em vinho, ou qualquer outro que dê para que estas bestas bebam menos. Ainda assim, segundo as nossas contas, 5% seriam suficientes, mas cortando 10%, no próximo ano, quando for vendido o Convento de Mafra, conseguiremos pagar a pronto ao Estado e negociar um desconto. Ficaremos com material de cenário que nunca mais acaba. Já estou a imaginar aquela biblioteca para servir de cenário ao finis africae. Aqueles livros todos chegam e sobram para termos o Nome da Rosa em cena durante 10 anos e podermos ir queimando uns quantos a cada representação...", concluiu.