segunda-feira, maio 09, 2005

Vestígios de Colombo descobertos em Santarém

Uma história intrigante acaba de surgir. Um presse release inventado por nós mas que nos foi remetido pelos serviços propagandísticos da Câmara Municipal de Santarém, desvenda o mistério que desde há mais de um ano vem inquietando os scalabitanos: o porquê da forma oval da rotunda do Largo Cândido dos Reis.

O mistério foi finalmente desvendado, quando um press release da Câmara de Santarém, assinado pelo punho do próprio presidente Rui Barrinha de Pescada Pescanova e remetido para a nossa redacção (cujo local, permanece, por razões óbvias, secreto), informava que a configuração do estranho elemento pretende evocar o grande descobridor Cristóvão Colombo, o qual terá em Santarém colocado em pé o tal ovo que o tornou uma celebridade do seu tempo (só mesmo ofuscado pela vedeta do jet-set nacional e, à altura ainda sem plásticas nem peelings, Lálá Caricas).

A configuração da assim eufemisticamente chamada rotunda, em forma de ovo, pretende afinal representar um marco perpetuador desse momento histórico, num legado às gerações futuras.

Ao que conseguimos apurar, junto do Departamento de Arqueologia da Câmara (os mesmos responsáveis pelo sucessivo esburacar do subsolo da cidade), os arqueólogos, procuram desde há séculos descobrir onde se terá perdido o ovo, uma vez que a cena evocada pelo monumento já erigido no Largo Cândido dos Reis, teve lugar na popular tasca Taberna do Quinzena, sendo que o ovo, depois de cozido, se terá perdido entre a elitista Tasca, onde Colombo se propôs descobrir as Américas ao serviço do reino português (aproveitando para tal a viagem já financiada pelos reis católicos de Espanha e fazendo um desvio de apenas meio globo terrestre na sua viagem para as Índias, realizando assim um 2 em 1 e poupando alguns lingotes de ouro à coroa portuguesa - já na altura o défice nos fazia apertar o cinto) e a Sé Episcopal, onde Colombo terá prometido à Igreja Católica parte substancial dos proveitos da expedição, a troco da garantia de intervenção divina que pudesse garantir o sucesso da expedição.

Barrinha de Pescada, o edil santareno, garantiu à nossa reportagem (em entrevista telefónica) que o paradeiro do ovo não tardará a ser encontrado: "É pá, nem que tenha de esburacar o resto da cidade o ovo será recuperado. Até já requisitados a toneladora Migas que abriu parte dos túneis do metro do Porto para nos ajudar nesta tarefa".

Confrontado com a instabilidade dos terreno e a possibilidade de deslizamentos e e desmoronamentos, Barrinha de Pescada respondeu: "que se lixe! Assim como assim, as barreiras acabarão por cair algum dia, por isso eu apenas estou a acelerar o processo. Quanto mais depressa esta merda for abaixo, mais depressa se iniciam as obras de requalificação. Até já tenho os terrenos negociados, por isso convém mesmo é que caia!"

Os arqueólogos trabalham afincadamente, no interior da Taberna do Quinzena no sentido de descobrirem por entre as inúmeras pipas de vinho, indícios que possam consubstanciar a tese de que o ovo pode afinal nunca ter saído da Tasca.

Mas porquê o ovo, no anterior largo onde estva plantado o chaimite de Salgueiro Maia? Barrinha de Pescada esclarece: "Onde é que queriam que um gajo colocasse aquela m****? Deitava o Quinzena abaixo, não?! Como a beatada não me deixa mandar três ou quatro igrejas abaixo, teve que ser mesmo o monumento ao Salgueiro Maia e à Liberdade! O custo político da medida é insignificante, por isso, que se lixe! Um gajo tem de fazer opções políticas em prol dos votos!"