segunda-feira, novembro 07, 2005

Sindicatos protestam contra condições contratuais dos amotinados

Os trabalhadores que, desde há vários dias vêm incendiando a capital gaulesa, delegaram nos seus representantes sindicais a missão de denunciarem as condições de exploração a que estão a ser sujeitos no âmbito das suas atribuições profissionais.
Desde logo, porque tratando-se de imigrantes ilegais no país não podem reivindicar pela melhoria das condições de trabalho, manifestar-se, ou sequer fazer greve.
Mas também porque desde o início das actividades, não está a ser cumprido o pagamento das horas extra e das horas nocturnas, uma vez que as actividades ocorrem em horário predominantemente nocturno.
Por fim, queixam-se ainda de não terem direito a qualquer subsídio de risco ou seguro de saúde, em virtude de possíveis problemas com a polícia no estrito cumprimento das suas obrigações laborais.
Mas o pior de tudo é mesmo o desrespeito pelos horários de trabalho e pelo gozo de folgas, uma vez que, até à presente data ainda nenhum dos trabalhadores teve direito ao gozo de qualquer dia de folga. “E, já lá vão onze dias! Devem pensar que somos pretos ou estúpidos. Estrangeiros ou não temos direitos, pá!”, confessou um dos revoltosos enquanto ateava fogo a um Renault topo de gama que se dizia ser de Jacqueta de Chita (o qual estaria de visita a uma amiga residente num dos bairros da revolta), ao nosso repórter Sebento Andrajoso, o qual se deslocou a Paris para acompanhar “in loco” bem assessorado por duas francesinhas bem giras, pelo que a sua reportagem se fica, INEXPLICAVELMENTE, por aqui...