domingo, dezembro 04, 2005

Sá Coveiro Ressuscitado

Segundo Sebento Andrajoso conseguiu apurar, o malogrado primeiro-ministro Sá Coveiro, bem como o seu dominicano pessoal, Adelino Camarate da Costa vão ser ressuscitados logo que haja disponibilidade de agenda dos vários candidatos que estão a ser considerados para operar tal feito. O objectivo é naturalmente que o própria venha confirmar a tese de que o “acidente” terá sido um acidente (mesmo todos sabendo que tal constitui uma mentira maior que o défice público português). Em assombração, Sá Coveiro apareceu a Sebento Andrajoso transmitindo-lhe a seguinte mensagem: “É pá, vê lá se convences esses gajos que aquela merda foi um acidente. De cada vez que engato uma gaja e estou para coiso e tal, lá vêm aqueles cabrões com a notícia de mais uma Comichão de Inquérito. Á conta dessa merda já eu tenho urticária crónica. Eles que parem com isso, pá! A minha morte foi abençoada. Já viste se eu não tenho morrido naquele dia? Andava aí a tentar impedir que isso se afundasse e com todos a chatear. Ao menos assim, sou um mito, qual D. Sebastião, e não me chateio nada com a vida que já nem tenho… Pede aos gajos que acabem com isso de uma vez. Tou farto que andem sempre a falar de mim. Daqui a pouco falam tanto de mim como do outro gajo o Deus, ou Cristo, ou coisa que o valha… Larguem-me a braguilha!
R(a)ëles (o tal dos clones raëleanos) já se terá oferecido para clonar ambos os destacados dirigentes nacionais de há 25 anos faltando para tal que o parlamento aprove a Lei que lhe permita praticar a actividade da clonagem em Portugal. Ainda assim é já sabido que a encomenda portuguesa terá de esperar que R(a)ëles consiga o nascimento da nova ninhada de clones, assim como clonar JFK para que o próprio aponte o seu assassino. Só então se poderá comprometer com o Estado Português.
Outra alternativa será enviar um pedido a Cristo usando a Nossa Senhora de Fátima aquando da sua aparição lá para as bandas da Cova de Iria como intermediária. Diz-se aliás, embora sem se conhecer a data em rigor, que um dia ela aparecerá por tão inusitados locais. Em oração os peregrinos que rezam todos os anos a Fátima no local já erigido em memória das suas (futuras) aparições unirão as suas vozes pedindo a Fátima que interceda junto do filho do Eterno para que este possa, à semelhança do milagre já realizado com êxito junto da sogra de Pedro, fazer com que Coveiro e Camarate possam viver de novo e apontar o dedo aos seus vis e cobardes assassinos, muitos hoje confortavelmente instalados na vida em Portugal. O principal obstáculo a esta tentativa será garantir a Cristo que não existam romanos nas redondezas, uma vez que o mesmo ainda não esqueceu a sua última passagem pela Terra, fará 2005 anos no próximo dia 25.
A terceira hipótese consistirá em pegar na Máquina do Tempo de Isabel Calçada e viajar até à noite do trágico “acidente” ou, em alternativa e, uma vez que recuar no tempo 25 anos ou 400 é cobrado pelo mesmo valor, viajar no tempo até meados do século XVII e pedir a Nostradamus que profetize acerca da noite de 04 de Dezembro de 1980 para um certo rectângulo à beira mar plantado, um tipo de serviço aliás bem conhecido pelo filósofo francês uma vez que previu a morte do seu senhor Henrique II em 1559.
Como solução de recurso pode sempre pedir-se à tarotóloga Junho para lançar as suas prodigiosas cartas, à Arlinda Embuste ou pedir ao Gabriel Gafes para dar o seu prognóstico à posteriori acerca do evento, pedindo-lhe para identificar erros defensivos e ofensivos e para sugerir substituições.