sexta-feira, junho 02, 2006

Somar distribui K7’s pela populaça

“É mentira, é mentira,
é mentira sim senhor eleitor,
É mentira, é mentira,
é mentira meu querido eleitor
É mentira, é mentira,
é mentira que tenha dito que vou
…honrar juras de amor outrora feitas!
É mentira, é mentira,
é mentira que o Quaresma vem para o Ferroviários
é mentira, é mentira,
seus otários
(refrão)
É mentira, é mentira,
é mentira sim senhor eleitor,
É mentira, é mentira, é mentira meu querido eleitor
É mentira, é mentira..."

Este é o tema musical interpretado pelos Cebola Mol que está a fazer furor no mercado da K7 pirata encontrabestense. Ao que Sebento Andrajoso apurou no decurso de aprofundadas diligências de investigação aplicada realizadas no mercado semanal de Encontrabestas, o último hit dos Cebola Mol foi encomendado ao popular grupo cigano, o qual venceu à justa a corrida que os opôs aos adversários Gipsy Kings, também sondados para interpretarem o tema musical “É Mentira!”, e que tem por objectivo negar a contratação do ciganito Rico Quaresma para reforçar o plantel dos Ferroviários. As negas parecem aliás começar a acumular-se no currículo de Rico Quaresma – primeiro, o pai negou-lhe o direito por nascimento de vender t-shirts no mercado dizendo-lhe que fosse mas é jogar à bola; depois foi o Barcelona quem lhe deu uma nega, recentemente Xonécolari na convocatória para o Mundial Ariano 2006 (nega essa que decorre do receio de os projectos eugenistas nazis se manterem e, portanto, alguém decretar o envio do Quaresma para as câmaras de gás instaladas no Allianz Arena) e, por último, o desafortunado ciganito viu Somar negar-lhe o ingresso no Ferroviários.

O que Somar não previu foi o intenso êxito que a distribuição de K7’s realizada porta a porta (tal como os melgas das Testemunhas de Jeová) lograsse alcançar tanto sucesso, tendo inclusive sido já noticiado no Merdante, o pasquim mais mal cheiroso que o próprio Mal-Cheiroso, para além de ter subido ao primeiro lugar do Top do Mercado Pirata de Encontrabestas.

A situação é a tal ponto grave que até já a Associação da Máfia Fonográfica avançou com uma queixa contra Somar por este ter distribuído as K7’s à borla, “o que naturalmente estraga o negócio da arte e dos artistas mas, particularmente os da máfia fonográfica, para além de desmistificar alguns dogmas a respeito do preço das K7’s. Se o Somar anda a oferecer, em casa das pessoas, as cassetes, a malta vai começar a pensar que a produção destas coisas custa meia dúzia de patacos e não as dezenas de euros a que vendemos”, pode ler-se no comunicado da Associação Mafiosa. Na China, o primeiro produtor mundial de pirataria, ainda assim seguido a curta distância do nosso portugalito, já foram produzidos 700 milhões de CD’s e 1 bilião de K7 destinados tanto ao mercado interno como externo.