segunda-feira, dezembro 12, 2005

Sem Ares Agredido

ÚLTIMA HORA
O ex-Presidente, candidato a Presidente, e Ché (não Guevara mas sim) Ché foi esta tarde insultado, agredido e vilipendiado por outro seu correligionário da terceira asserção anterior, visivelmente encolerizado, senão mesmo etilizado, em Barcelos.
O outro Ché-ché, ao que parece, ex-combatente, surgiu brandindo uma perigosa arma de arremesso, isto é, um jornal, presume-se que talvez tenha sido o Correio da Tarde, embora também se pense que possa ter sido o Tal&Tal, o 25 Horas, ou ainda o Jornal da direita conservadora, o Belzebu, (uma vez que os relatos recolhidos são pouco coerentes) quando todos esperariam que o ataque fosse feito com uma ave (ex-lybris da cidade) contaminada com o H5N1 que nos libertasse a todos de um eventual terceiro mandato do Ché-Ché Sem Ares.
Ao que foi noticiado ao final da noite, os outros candidatos já repudiaram tal actuação do ex-combatente, receando que também ele se possa sentir impelido a entrar na disputa presidencial. Alegrete disse que é um insulto à democracia alguém ir agredir verbalmente Sem Ares com uma arma tão asquerosa como os jornais anteriormente referidos. “Porra pá, não há donos da República, não há donos dos partidos e não há donos do Sem Ares. Só eu é que o posso insultar. Por acaso tenho aqui uns versos bem jeitosos que acabei de compor, alusivos ao momento…”. Jumento de Sousa criticou também o ocorrido, embora fosse adiantando que aquando o debate televisivo com Sem Ares se encarregará de tal, embora se recuse a recorrer a tão nojentos instrumentos. “Eu sou mais do tipo da foice e do martelo. Quais jornais. Leva com o martelo no totiço e com a foice vou-lhe cortar o proletariado, se é que ainda o tem…”. Cavaquinho Silva também se insurgiu contra aquilo que chamou de imoralidade, mas refugiou-se num silêncio recusando-se a dizer o que é que condenava em concreto e remetendo para depois das eleições presidenciais uma declaração acerca do seu repúdio. Parte a Louça fez saber que não bate em velhinhos Ché-Chés, pelo que condenou a cobardia do veterano de Guerra: "Ainda se lhe atirasse com diamantes ou marfim, mas foi ofendê-lo com palavras e bater-lhe. Se tem algum jeito... Amadores...", desabafou. Garcia Esparrela também criticou o incidente mas, como vem sendo hábito ninguém lhe ligou. José Maria Mansinho ofereceu os seus préstimos de advogado argumentando que é tão grave bater em meninos quanto em velhinhos. Por último Manuel João Pieira dedicou a Sem Ares uma conhecida canção de sua autoria (Canção de Embalar), para ajudar o candidato a dormir depois de tão agitada tarde…