Incineradores Franceses em Greve

Protestando contra o não aumento das comissões pelos trabalhos prestados, os jovens franceses que nas últimas semanas vêm adoptando uma política de purificação da economia pela queima (nas melhores tradições das inquisições portuguesa e espanhola) dos bens de hereges capitalistas entraram em greve, mantendo apenas os serviços mínimos.
Assim, durante a última semana verificou-se um decréscimo acentuado na produção de novos incêndios em Paris e arrabaldes. Segundo fontes entrevistadas por Sebento Andrajoso, o qual se deslocou ao local aproveitando uma promoção de bilhetes de avião de uma operadora low-cost, a diminuição nas operações deve-se ao facto de os instigadores e principais interessados nos conflitos se terem recusado a aumentar os salários aos jovens, os quais reclamaram uma actualização salarial tendo em atenção o acréscimo de repressão policial.
Às reivindicações dos jovens responderam as associações patronais ameaçando com a requisição civil e com a importação em contentores de mão-de-obra chinesa, paquistanesa e indiana, pelo que a manutenção deste braço de ferro poderá comprometer decisivamente as acções desencadeadas em França com vista à retoma da economia.