Número XIII (o tal da Travessa da Peçonha)

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Edição de 11 de Fevereiro de 2006

ATENÇÃO

Solicita-se aos veneráveis assinantes deste pasquim o favor de pagarem as suas assinaturas, pois as massas estão curtas, e o nosso prezado jornalista, Sebento Andrajoso anda a rebentar pela tomateira, precisando urgentemente de fazer uma visita às meninas da Quecas de Atalaia-Barquinha.

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Procuramos pois, com estas linhas sensibilizar os nossos ruminantes face aos custos astronómicos decorrentes da inflação própria do novo ano e os efeitos nefastos que a mesma tem despoletado na potência e voraz aptite sexual do Sebento Andrajoso, solicitando aos caros visitantes o favor de regularizarem as vossas assinaturas virtuais.

MANCHETE

Belmiro Azedo quer PT

O magnata, simultaneamente, medicamento para o congestionamento nasal, (por força das duas propriedades de eucalipto, o tal que tudo seca, e limão, por força do seu azedo apelido), acometido por um profundo azedume e manifesta azia por a empresa do seu benjamim Paulinho Azedo não sair do vermelho em matéria de lucros, decidiu resolver o assunto de uma vez por todas. Lançando mão do dito popular, se não os consegues vencer, junta-te a eles, Belmiro Azedo, inovou (bem no seu espírito de venerável e gangrenoso pioneiro) e reinventou o referido saber popular: “Se não os consegues vencer, junta-te a eles, mas se tiveres roubado o suficiente, compra-os!”.

E, vai disto que é uma festa. Era vê-los ali, aos dois, quais perus (pouco inchados em matéria de carnes, deve dizer-se, - ao que Sebento Andrajoso conseguiu apurar, pai e filho eucalipto chupam-se mutuamente - por mim ficavam na prateleira que não comprava tão franciscanas aves, para mais em tempo de gripe das aves), pai e filho, quais Anakyn e Luke Skywalker, querendo governar a galáxia das telecomunicações, tentando destronar o vil oligarca Imperador, PT.

Dossier

Especial ISLÃO

(Especial ISLÃO)

Mao-Mao-Maria comete atentado suicida a bordo de ferry egípcio

Moi-Ses, ele mesmo, primo direito de Mao-Mao-Maria e de Isaías mais uma vez separou as águas do mar vermelho, procurando auxiliar as autoridades no salvamento dos milhares de náufragos do afundamento de um ferry, durante a passada semana, o qual terá sido literalmente incinerado pelo turbante-bomba-incendiária do seu primo Mao-Mao-Maria, em protesto contra as representações caluniosas de que foi alvo por parte de bárbaros cartonistas viking. Mao-Mao-Maria confessou ter provocado este ataque suicida (o 143563257732356.º da sua longa vida de quase catorze séculos), por aquilo que chamou de “justiça do profeta contra os porcos pagãos do ocidente que ousaram ridicularizar o Islão e a mim em particular. Onde já se viu um turbante-bomba? Alguma vez nos ataques suicidas que todos os dias acontecem no Iraque, na Palestina, na Tchetchénia, na Turquia, na Arábia Saudita, no Líbano, no Egipto, etc., etc., etc., ousamos profanar as sagradas vestes do Islão? Nunca! Pois então, porquê esta afronta? Um turbante-bomba? Pois se era o que queriam, aqui o têm! Já estou a ver todos os muçulmanos da China mandarem aquilo pelo ar, já estou a ver o Ouça-me bin Laden, pegar nos turbantes-bomba para os novos ataques aos porcos amercianos………” vociferou Mao-Mao-Maria, tendo o sinal de videofone sido subitamente cortado a meio da entrevista que 70 virgens do Intendente, mais outras 70 da zona do Técnico (que estavam de reserva) conduziam via satélite com o verdadeiro profeta da desgraça (alheia).

Pirómanos mudam-se para Síria, Líbano, Indonésia, Egipto, Irão, etc.

O grupo de ordeiros cidadãos muçulmanos que há apenas escassos meses impulsionou as economias francesa e europeia, através do aquecimento à fria economia automóvel francesa, mudou-se agora de armas e bagagens para junto das representações diplomáticas de Noruega e Dinamarca, no sentido de derreter um pouco do gelo polar que aí se tem acumulado.

Tal acção meritória segue o apelo lançado por alguns cartonistas dinarmarqueses há uns meses atrás, os quais, prevendo um Inverno atipicamente frio, socorreram-se de algumas figurações do profeta Mao-Mao-Maria, no sentido de procurarem aquecer o ambiente nos seus países.

Todavia, os pouco instruídos jovens, à luz dos bárbaros cânones viking, aqueceram o ambiente no único local onde o mesmo já se encontra permanentemente em ebulição, (em bom inglês “full steam”) dispensando mais carvão na fornalha, provocando problemas no abastecimento energético ao Ocidente, uma vez que, no momento, todos os aparelhos de ar-condicionado são poucos para baixar as elevadas temperaturas nas representações diplomáticas dos países em questão, o que já motivou que, por cá, a CALPE, aumentasse os preços do combustível.Há já quem diga, inclusive que os “camones” correm o risco de ficar bem mais torrados em apenas um dia no Médio Oriente, do que em três meses de Algarve.

Ouça-me bin Laden apresenta tendências da moda muçulmana para 2006

Já é oficial. A nova super-estrela da moda mundial, o super-estilista Ouça-me Bin Laden, herdeiro da dinâmica e do estilismo do malogrado Gayanni Versace, vai apresentar desfiles em Paris, mas também Roma, Madrid, Nova Iorque, Londres, Lisboa, Washington, Bagdade, Jerusalém, Damasco, Bali, Riade (sua terra natal) e, claro, Kabul, onde actualmente reside, num dos mais luxuosos complexos cavernísticos jamais ocupados pelo homem desde o paleolítico.

As geniais criações do estilista incluem entre outras pérolas, um vestido da bombista suicida iraquiana, em tons escarlartes (inclui a modelo), indumentária de luto feminina e masculina com kits de bombas (inclui um exemplar do Corão-suicida), caixões fabricados em C-4, botas-bomba e, claro o turbante-bomba-incendiária e o turbante-dinamite, recentemente divulgado na imprensa dinamarquesa.Em relação a este último item, Ouça-me Bin Laden, não conseguiu disfarçar a sua revolta em relação à classe jornalística em geral (que o diga Sebento Andrajoso a quem ofereceram 70 virgens, activistas da Quecas de Atalaia-Barquinha, a troco de uma missão suicida, como voluntário “convidado”), por terem, usado de expedientes dignos de um qualquer enredo de espionagem industrial de Hollywood, revelado em primeira mão aquela que deveria ser a revelação mais surpreendente, para cuja apresentação já havia inclusive convidado o profeta Mao-Mao-Maria, aliás em provas do referido acessório quando o sagrado sossego do profeta foi perturbado pelo espírito liberal e libertino do Ocidente.

“Se apanho aquele bárbaro louro, enfio-o num posto da polícia iraquiana para ele ver como é bom. Ou então enfio-lhe uma merda daquelas na cabeça e ponho-o numa avião para Nova Iorque", rematou.

Felgueiras e Fátima Felgueiras em Fátima

Foram recentemente desclassificados pelo Vaticano os documentos contendo os testemunhos dos três pastorinhos. Ao que Sebento Andrajoso conseguiu apurar, depois de ler o policial Anjos e Demónios de Dance Brown, ajudar Robert Languido a contra as forças do mal, no caso a ovelha tresmalhada e tresloucada (o camerlengo Carlo Ventríloco) e fazer um ménage a trois o Rato e Vittoria Vitinha (a boazona da história, para mais órfã), o terceiro segredo de Fátima, aquele que a irmã Lucinda nunca contou a ninguém senão ao já falecido JP era justamente este: volvidos 90 anos ela, Fátima regressaria ao local onde nunca esteve, Fátima (em bom rigor, Cova de Iria)...

Tanto mistério, tanta polémica, para afinal concluirmos que a Fátinha Felgueiras, mais não é do que a Santa em pessoa. Senão atentai bem nos 3 milagres da senhora:

1 - Fugiu à justiça. Milagre, voltou!

2 - Voltou e não foi presa. Só pode ser milagre!

3 - Voltou, não foi presa e foi "democraticamente" eleita para continuar por mais quatro anos a vigarizar o próximo. Só pode ser milagre em Felgueiras serem assim tão estúpidos. Até o Vale Nada ao fim de algum tempo foi entalado e jamais reeleito.

Fátima teria pois de prestar homenagem a si própria pelos milagres acima descritos, deslocando-se ao local onde juram a ter visto, mas onde a mesma garante ter estado pela primeira vez em Novembro. “Ainda se dissessem que me tinham visto no Rio, não poderia desmentir, nem aos juízes, agora em Fátima, nunca havia estado antes de Novembro quando vim acender uma velinha para que Deus continue a iluminar o meu caminho de vigarice.”, desabafou, mal conseguindo conter a comoção de terem dado o seu nome ao lugar de Cova de Iria.

Gripe das Aves chega ao Para-lamentar Europeu

É verdade. As autoridades da Comicha Europeia bem tentaram, mas não conseguiram travar a progressão da gripe das aves, temendo-se agora que a estirpe mais virulenta possa vir a contaminar outros peixes graúdos e nobre para além do nosso tão “caro” Cherne.

Sabe-se que a gripe começou já a contaminar grandes ruminantes, especialmente os de raça ovina, sendo que a deputada italiana Chicha Linda foi uma das primeiras a contrair o vírus, como aliás, o nosso repórter Sebento Andrajoso pode constatar in loco.

Teme-se que tal gripe possa ainda estender-se à vasta colecção de araras, catatuas, caturras, papagaios e restantes passarões e passarolas que o jet-set português conserva em causa, estando já previsto um abate em massa de tais espécies e respectivas revistas da especialidade por perigo de poderem expor este vírus danoso à arraia miúda (vulgo, em linguagem corrente, ao peixe miúdo e não nobre, enfim, à sarrrrdinha e ao carrrapau luso).

Entretanto suspeita-se que os casos já detectados em Itália e na Grécia possam ter disseminado um surto da doença no Para-lamento Europeu, tendo já sido garantidas medidas de quarentena (durante mais quatro anos, o que falta de mandato, ninguém entra ou sai) o que a confirmar-se, garantiu o nosso venerável Cherne, poderá desencadear um abate em massa de tais aves, cujo vírus poderia contaminar mortalmente os cidadão eleitores, levando-os a eleger de novo tão danosos espécimes avícolas.

Cavaquinho Silva consegue primeira à primeira

Cavaquinho Silva conseguiu finalmente o seu grande sonho. Depois da primeira tentativa, já vão dez anos, o Professor eucalipto, como também gosta de ser chamado, bem velho, teso e seco, numa clara lição de esforço e perseverança lá conseguiu dar a sua e mudar-se para Belém.

Sabe-se que já foram encomendadas obras de restauro de todas as casas de banho do palácio, sendo que o futuro inquilino exigiu que neste processo fosse implementado o mesmo modelo organizativo das casas de banho da residência silva, vulgo na Travessa da Peçonha, número 13 (ainda por cima, o homem tem um fetiche pelo desafio ao azar), as quais foram notícia justamente há pouco mais de uma década surgindo notícias na imprensa dando conta do modernismo e funcionalidade das mesmas, o que permitiu ao então primeiro-ministro e hoje Presidente da Chafarica, aumentar incomensuravelmente os seus níveis de produtividade, como aliás o cidadão português teve oportunidade de constatar nos últimos tempos do governo do Professor, dado que a merda surgia a um ritmo nunca antes imaginado e em proporções diluvianas, parecendo adivinhar-se o apocalipse. Atendendo às obras em curso no palácio de Belém (as quais incluem também as retretes dos assessores e adjuntos, às medidas já ensaiadas pelo Professor há mais de uma década, será de esperar que Portugal saia da cauda (em sentido literal, mas também metafórico) da Europa enquanto o diabo esfrega o olho (no caso um em particular).

Maria Alisa-me despedida

Fonte próxima do Ministério dos Estrangeiros já confirmou. É oficial o despedimento da super-estrela-aia-fibro-miálgica, Dr.ª Maria Alisa-me, por evidente quebra de vínculo laboral.

Ao que parece, não obstante a crónica enfermidade da Sr.ª Dr.ª, a referida Aia Cultural em Londres produzia tanto que estava a deixar pelos cabelos toda a corja de inúteis e ineptos que representam o nosso portugalito por esse mundo fora.

Segundo Sebento Andrajoso apurou horizontalmente junto da própria Sr.ª Dr.ª, “o Ministro Fritos do Amaral despediu-me porque a minha produtividade em Londres estava a embaraçar os níveis dos atingidos pela maioria dos gestores públicos com ordenados muito superiores ao meu. Apenas porque me levantei num dia para ir ao Museu de Londres e à Biblioteca fazer investigação para um trabalho de uma cadeira do 2.º ano da Licenciatura que deixei a menos de meio há mais de 20 anos, despediram-me, porque estando no Estado, estava a produzir mais do que o Paulo Mota da DGCI, ou o Vítor Inconstante do Banco de Portugal, ou o Fernando Gomes da CALPE, etc., etc., etc.. Ainda tentei argumentar que apenas estava a tentar concluir a Licenciatura (pese embora me faltassem mais três anos), para ter a habilitação mínima exigida para o cargo, mas responderam-me logo que, uma vez estando da Administração Pública, para mais tendo boas cunhas como eu tenho, que isso era perfeitamente desnecessário e um desperdício de verbas. Para além disso era mais uma a maçar os já de si muito ocupados professores universitários portugueses que não têm mãos a medir entre aulas numa dúzia de faculdades (não podem abrandar o ritmo, porque senão ainda se arriscam a que todos os que estão no desemprego possam ser contratados), fundações, institutos de “investigação”, editoras, revistas, colóquios, lençóis e alunas”… queixou-se a ex-funcionária-pública que, agora recebidos os escassos 55 mil euros de indeminização terá agora de se inscrever num Centro de Desemprego e receber o subsídio como todos os outros.

“Veja lá a lata dos tipos, que até me disseram que já não podia concorrer ao programa de estágios da administração pública, embora talvez me arranjassem um curso de FORDESQ, os tais para licenciados desempregados. Mas como, se eu não tenho nem nunca tive licenciatura? Estão-me a lixar a vida…”